EUA proíbem venda de componentes norte-americanos para fabricante de telefones chinesa ZTE

Dependente de empresas coo Qualcomm, Microsoft e Inte, chinesa não poderá comprar de americanos por sete anos.

 

Departamento de Comércio dos Estados Unidos proibiu empresas norte-americanas de vender componentes para a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa ZTE por sete anos.

Autoridades dos EUA informaram nesta segunda-feira (16) que o veto é uma punição à chinesa por violar sanções norte-americanas ao Irã.

A empresa chinesa, uma das maiores vendedoras de smartphones nos Estados Unidos, se declarou culpada no ano passado em um tribunal federal no Texas por conspirar para violar sanções norte-americanas ao embarcar ilegalmente tecnologia dos EUA para o Irã. A empresa pagou US$ 890 milhões em multas e penalidades, e uma multa adicional de US$ 300 milhões.

Como parte do acordo, a ZTE, sediada em Shenzhen, prometeu demitir quatro funcionários e impor sanção disciplinar a outros 35, seja reduzindo seus bônus ou repreendendo-os, disseram funcionários do alto escalão do Departamento de Comércio. A empresa chinesa, porém, admitiu em março que, apesar de ter demitido os quatro funcionários, não tomou nenhuma atitude disciplinar contra os outros 35.

“[A ZTE] forneceu informações … basicamente, admitindo que eles haviam feito essas declarações falsas”, disse um alto funcionário do departamento.

“Não podemos confiar que o que eles estão nos dizendo é verdade”, disse o funcionário. “E no comércio internacional, a verdade é muito importante.”

Os funcionários da ZTE não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Douglas Jacobson, um advogado de controle de exportações que representa fornecedores da ZTE, classificou a proibição como algo incomum e disse que afetaria seriamente a empresa.

“Isso será devastador para a empresa, dada sua dependência de produtos e software dos EUA”, disse Jacobson. “Certamente tornará muito difícil para eles produzirem e pode gerar um impacto negativo de curto e longo prazo potencialmente significativo na empresa. Isso vai derrubar suas ações”, acrescentou.

Dependência dos EUA

A ZTE vende aparelhos celulares para operadoras de telefonia móvel norte-americanas AT&T, T-Mobile e Sprint. A chinesa depende de componentes de empresas dos EUA, incluindo Qualcomm, Microsoft e Intel. Estima-se que empresas norte-americanas forneçam de 25% a 30% dos componentes usados ​​nos dispositivos da ZTE, incluindo equipamentos de rede e smartphones.

A ação dos EUA contra a ZTE provavelmente exacerbará as atuais tensões entre Washington e Pequim sobre o comércio. Depois que os EUA impuseram restrições às exportações da ZTE em 2016 por violar sanções contra o Irã, o Ministério do Comércio e Ministério das Relações Exteriores da China criticou a decisão.

Uma investigação federal de cinco anos descobriu no ano passado que a ZTE havia conspirado para escapar do embargo do EUA sem interromper a compra de componentes norte-americanos e incorporando-os a equipamentos da ZTE enviados para o Irã.

A ZTE elaborou esquemas complicados para ocultar a atividade ilegal, mas concordou em se declarar culpada depois que o Departamento de Comércio tomou medidas que ameaçavam cortar sua cadeia de fornecimento global. Ainda assim, o governo dos EUA permitiu que a empresa continuasse acessando o mercado dos EUA sob o acordo de 2017.


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