Forças Armadas e polícias fazem megaoperação contra roubo de cargas e ocupam o Complexo do Lins

Grajaú-Jacarepaguá foi fechada em ambos os sentidos. Ação que marca início da 2ª fase da operação da Seseg com forças federais tem um morto e ao menos 4 presos. Disque Denúncia oferece recompensa por procurados.

Um homem morreu e pelo menos quatro foram presos na manhã deste sábado (5), na primeira grande ação integrada das Forças Armadas com as polícias estadual e federal desde a chegada das tropas ao Rio. A Operação Onerat, com objetivo de combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas, une mais de 3,5 mil homens com o objetivo de cumprir 55 mandados: 40 de prisão e 15 de busca apreensão.

A megaoperação, realizada em seis favelas da cidade, marca o início da segunda fase da atuação das tropas militares no estado, após decreto do Governo Federal. A investigação partiu da 26ª DP (Todos os Santos).

Por volta das 6h30, o complexo de favelas do Lins já estava completamente ocupado, após cerca de duas horas do início da ação. Moradores relataram em redes sociais o som de tiroteios e de bombas na comunidade.

Em entrevista à TV Globo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a permanência das tropas seguirá por tempo indeterminado.

A coordenação da Onerat – carga, em latim – é feita pela Secretaria de Estado de Segurança do Estado (Seseg), por meio da ação das polícias Civil e Militar, com o apoio do Comando Militar do Leste (Exército, Marinha e Aeronáutica), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública. Cerca de 50 profissionais de todas os efetivos estão no Centro Integrado de Comando e Controle.

Segundo a Seseg, os agentes atuam nos Complexos do Lins e Camarista Méier, na Zona Norte. Há ainda operações nos morros de São João, no Engenho Novo, e Pedreira e Chapadão, em Costa Barros, na Zona Norte; e Covanca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.

Morte e prisão
Jefferson Abilio da Silva Cavalcante, de 19 anos, foi baleado no braço direito e no tórax em troca de tiros com policiais no Morro São João. Ele chegou a ser levado para o Hospital Salgado Filho, mas não resistiu. Ele já havia sido preso por roubo de cargas em julho de 2016 e foi solto em março deste ano. Com ele, foi apreendida uma pistola.

Pelo menos quatro dos 40 procurados foram presos até a última atualização desta reportagem. Um deles é Fernando de Almeida Oliveira, conhecido como Pulga, de 28 anos. Ele foi encontrado em uma padaria no entorno do Lins. Um balanço da operação está previsto para o fim da manhã, em entrevista coletiva no CICC.

As Forças Armadas estão responsáveis pelo cerco em algumas dessas regiões e baseadas em pontos estratégicos. De acordo com o coronel Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste, participam da operação 3,6 mil homens do Exército e dos Fuzileiros Navais. São utilizados 514 veículos e 71 blindados militares.

Cerca de 200 homens das 42 delegacias da capital também participam.

Paraquedistas foram utilizados para ocupar a mata no entorno das comunidades, para impedir a fuga de traficantes, como informou o comentarista de segurança da TV Globo Fernando Veloso.

Algumas ruas foram interditadas e os espaços aéreos estão controlados para aeronaves civis nas áreas sobrepostas aos setores de atuação das Forças Armadas. Um dos locais fechados é a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, bloqueada em ambos os sentidos. Não há interferência nas operações dos aeroportos.

Disque Denúncia
O Disque Denúncia divulgou um cartaz com 15 dos principais procurados na operação (veja abaixo). A recompensa é de R$ 1 mil pelos bandidos Furinho, Nisinho, Jamaicano, Miguelinho, Maninho, Diel, Coroa, Piloto, Tchá Tchá, Hilton, Brancão, Vagner, Da Mata, Da Cabrita. Pelo traficante Da Russa, que de acordo com as denúncias é o comandante geral do tráfico em todo o Complexo do Lins. o valor é de R$ 30 mil. O telefone para contato é 2253-1177.

O coordenador do Disque Denúncia, Zeca Borges, disse que há pelo menos três dias o serviço vem monitorando as regiões onde ocorrem as ações deste sábado, passando informações às forças de segurança.

“Com os panfletos queremos mobilizar a população. Esperamos o máximo de denúncias.”, disse.

Fonte: G1

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