Laudo nega gravidez de suspeita de matar adolescente para ficar com bebê

Mirian Siqueira planejou crime porque mentiu gravidez à família, diz delegado.

Laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a mulher suspeita de esfaquear e matar uma adolescente grávida de oito meses, e tirar o feto do útero da vítima, em Pitangueiras (SP), não estava gestante no momento do crime, como afirmou inicialmente à Polícia Civil.
Segundo o delegado Maurício José Nucci, que investiga o caso, Mirian Aparecida Siqueira, de 25 anos, confirmou em depoimento que mentiu aos familiares, ao dizer que também estava grávida e que o feto encontrado no banheiro da casa dela teria sido fruto de um aborto.
Nucci afirmou que, após as novas informações, o exame de DNA do feto, pedido pela polícia, é desnecessário para incriminar Mirian por homicídio qualificado e aborto sem o consentimento da mãe. Ela permanece detida e terá a prisão convertida em preventiva, ou seja, até o julgamento.
“O crime já está esclarecido. Já está claro que ela premeditou o crime para ficar com o bebê. Ela não entrou em contradição em nenhum momento no depoimento. Ela confessou que cometeu o crime sozinha”, afirmou o delegado.
Valíssia Fernandes de Jesus, de 15 anos, foi morta dentro da casa de Mirian, na tarde de 13 de outubro, após ser levada ao local pela suspeita, dizendo que lhe daria um sapatinho de bebê. O corpo da vítima foi encontrado pelo marido de Mirian, dentro de um tambor no quintal.
O delegado descartou a participação dele no crime. Em depoimento, o homem afirmou que estava em um bar com amigos e, ao retornar para casa, encontrou Mirian na calçada. A mulher teria contado que foi agredida por Valíssia e então esfaqueou a jovem.
“O marido dela tem um grande álibi, que é o fato de, no momento do crime, estar em um bar bebendo com os amigos e nós verificamos que, realmente, essa informação procede”, disse Nucci, destacando que o homem também suspeitava que a gravidez da mulher fosse falsa.
Ainda em depoimento, Mirian teria dito que, inicialmente acreditou que estivesse grávida, mas, quando percebeu o contrário, manteve a versão para a família e passou a premeditar o crime para ficar com o bebê de Valíssia. As jovens se conheciam há cerca de dois anos.
“Quando ela entendeu que não estava grávida, resolveu ficar com o bebê da vítima para ela. A própria vítima acredita que a Mirian estava grávida, porque ela dizia ter sintomas de gravidez”, afirmou o delegado.
A Polícia Civil informou que, até a tarde desta quinta-feira (27), não havia advogado constituído para a defesa de Mirian. Nucci afirmou que a família da suspeita não possui recursos para arcar com essa despesa e, por isso, um defensor público deve ser nomeado para a função.

Fonte: G1


Warning: A non-numeric value encountered in /home/storage/6/f3/21/issoenoticiaal/public_html/wp-content/themes/Newspaper/includes/wp_booster/td_block.php on line 353