‘Ford vs Ferrari’ não supera obsessão por carros mesmo com grandes atuações;

 

Vencendo a máquina

“Ford vs Ferrari” conta a história real, nos anos 1960, do momento em que a montadora americana, humilhada após uma tentativa fracassada de comprar a italiana, decide vencer a rival em uma das corridas mais tradicionais do mundo, a 24 Horas de Le Mans.

Pelos números pareceria uma simples história de Davi contra Golias, considerando as quatro vitórias da escuderia nas últimas cinco competições, algo que o filme repete como um mantra.

Aos poucos, a trama revela que o maior inimigo da Ford e o poder dos seus milhões de dólares diante da falida fabricante europeia é sua própria burocracia. A virada de expectativa entre heróis e vilões até seria interessante se a verdadeira riqueza da história, seus protagonistas, não se diluísse tanto pelo caminho.

Homens é o que sois

Perdidos no embate entre as gigantes estão o construtor de carros de corrida Carroll Shelby (Damon), contratado para desenvolver a máquina campeã para os americanos, e o piloto/mecânico Ken Miles (Bale), o homem certo para o trabalho, mas não para a empresa.

Mais do que seguir uma fórmula, o roteiro desperdiça oportunidades. Ao se concentrar na história de orgulho puro de seus protagonistas, algo parecido ao que “Rush: No limite da emoção” (2013) fez, “Ford vs Ferrari” poderia engajar mais seu público geral.

Ao invés disso, perde muito tempo com descrições apaixonadas e melosas sobre a “liberdade após 7 mil rotações por minuto”, como se isso quisesse dizer algo, e coisas do tipo.


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