Prefeito de Bagé e Luciano Hang vão a julgamento após acusação de abuso de poder econômico

Em uma live de Divaldo Lara (PTB) durante a campanha eleitoral de 2020, dono da Havan aparecia elogiando o político, que era candidato à reeleição. Na época, empresário prometia instalar uma loja na cidade.

 

Divaldo Lara, prefeito de Bagé, e o empresário Luciano Hang serão julgados pelo TRE-RS nesta terça (7) — Foto: Rodrigo Sarasol / Prefeitura de Bagé e Câmara dos Deputados / Divulgação / Montagem

Divaldo Lara, prefeito de Bagé, e o empresário Luciano Hang serão julgados pelo TRE-RS nesta terça (7) — Foto: Rodrigo Sarasol / Prefeitura de Bagé e Câmara dos Deputados / Divulgação / Montagem

Está marcado para esta terça-feira (7), às 14h, o julgamento, por videoconferência no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), do prefeito de Bagé, na Região Sul do Rio Grande do Sul, Divaldo Vieira Lara, do vice, Mario Mena Kalil, e do empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan.

Prefeito e vice são acusados de abuso de poder político. O chefe do Executivo municipal também enfrenta a acusação de abuso de poder econômico, crime pelo qual Luciano Hang também responde (saiba mais abaixo).

Em nota, Lara diz que está otimista com a Justiça e que vai ser inocentado (confira a nota abaixo). O g1 tentou contato com a assessoria de comunicação de Hang, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Caso sejam condenados, os políticos podem ter seus mandatos cassados, o que exigiria a realização de novas eleições em Bagé. Hang pode ficar inelegível por 8 anos – o mesmo pode acontecer com Divaldo Lara. Em um processo pelos mesmos crimes que ocorreu em Brusque (SC), o então prefeito e o vice foram cassados, e Hang tornou-se inelegível.

A decisão não seria definitiva, no entanto: ainda seria possível recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar revertê-la.

Abuso de poder político e econômico

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), em uma live feita por Divaldo Lara na reta final da campanha eleitoral de 2020, o então candidato à reeleição ao cargo de prefeito de Bagé apareceu junto de Luciano Hang durante uma agenda oficial – e o empresário demonstrou apoio ao político.

O MPE sustenta que Hang foi a Bagé tratar com o poder público sobre seus negócios, ou seja, para uma agenda entre prefeito e possível investidor. Por isso, o MPE entende que houve abuso da função pública por parte do prefeito e do seu vice, bem como uso abusivo da posição de investidor por parte do empresário, “que transformaram uma reunião que seria lícita e salutar em um instrumento de intervenção na normalidade do pleito“.

“Na medida em que o empresário chega à cidade para tratar da licença do seu empreendimento e já pede um adesivo de campanha do prefeito, que disputava a reeleição, sendo que o Prefeito-candidato veiculou o encontro em transmissão ao vivo em sua página no Facebook”, afirma o MPE.

Nota do prefeito de Bagé

Estou otimista com a Justiça, serei inocentado novamente e vou continuar trabalhando pela nossa cidade. Nos momentos mais difíceis as pessoas sabem que podem contar comigo, foi assim na Covid-19 e agora na tempestade de granizo“.


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