Belo Horizonte terá nova associação de criadores de games

Desafios são internacionalizar e profissionalizar um setor que cresce

Um mercado que vai movimentar US$ 1,3 bilhão só no Brasil neste ano está se organizando na capital mineira com a criação da Associação Mineira de Jogos (Gaming), que vai reunir 44 empresas que atuam de alguma forma no setor de games na cidade. “Pretendemos fortalecer o ecossistema, criar um calendário de eventos, divulgar produtos e serviços das empresas, além de realizar campeonatos e torneios”, explica o presidente da Gaming, Raoni Aldrich Dorim, que também é CEO da Mopix, que atua no mercado mobile. A Gaming foi lançada nessa segunda-feira (19) em uma reunião na Fiemg e é formada por 26 estúdios (criadores de jogos), 11 empresas de apoio e sete instituições de ensino.

Para João Guilherme Paiva, cofundador da Playbor e gerente de negócios da Gaming, o mercado de games em Minas Gerais é tecnicamente muito bom, mas ainda precisa se desenvolver na parte de negócios. “Ainda são poucos que entendem a parte comercial, de se vender para o mercado”, afirma Paiva. A Playbor é uma pré-aceleradora especializada no mercado de games e atua em Belo Horizonte. Dorim concorda que um dos papéis da associação será esse. “Queremos também estreitar a relação com o governo e os estúdios”, diz o presidente da Gaming.

Segundo Dorim, um dos desafios da associação será internacionalizar os estúdios da Gaming com os “publishers”, que são os distribuidores de jogos para celular que atuam em outros países, uma vez que boa parte das empresas mineiras atua em mobile. “Mas temos também associados com contratos com grandes empresas, como Electronic Arts e Microsoft”, conta Dorim.

Inspiração. A San Pedro Valley aparece como um exemplo para a associação que optou pelo formato de organização não-governamental, sem fins lucrativos. “Eu vejo os estúdios como startups, e temos muitas empresas que estão na Gaming e são da San Pedro Valey”, diz Paiva.

Para os dirigentes, mesmo recente, já que os estúdios de games estão se consolidando na capital mineira há cerca de dez anos, o segmento tem condições de crescer na cidade. “Temos excelentes cursos de graduação de jogos tanto na PUC como na Fumec. Além disso, Belo Horizonte é um polo de tecnologia já consolidado, o que estimula o surgimento de estúdios. Quem quer se formar em jogos na cidade tem excelentes opções”, afirma Paiva.

Mercado. Além do entretenimento, os desenvolvedores apostam no crescimento de games de simulação, educativos (ou jogos sérios) e advergames, que fazem propaganda de empresas.

 

 

 

Créditos: Jornal O Tempo.


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