Reforço, ajustes e opinião: veja a análise de Jr. Rocha após derrota para o Avaí

O técnico Júnior Rocha lamentou a derrota do CRB para o Avaí na última terça-feira (15), no Estádio Rei Pelé, na abertura da sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o treinador reconheceu a má atuação defensiva da equipe, mas ressaltou que nem tudo está errado, citou falhas, necessidade por reforço e outros assuntos.

“Às vezes o cara fica sem explicação. Estava analisando os números… Foram 6 finalizações certas para nós e 5 para eles. Eles concluíram quatro vezes, foram muito eficientes no jogo de hoje. Infelizmente as coisas não deram certo. Tem dia que vai acontecer, não porque a gente quer, mas é do futebol. Vamos baixar a cabeça, trabalhar o dobro, principalmente ajustar essa parte nossa defensiva”, analisou.

“Vamos ter seis dias de muito trabalho. Como falei para vocês, foi um jogo atípico. Vai acontecer uma vez ou outra. Ninguém quer, é muito ruim. Vínhamos numa crescente e aí perdemos de 4 a 0 em casa. Parece que está tudo errado. Se ganhássemos também não estaria tudo certo. Temos que ajustar essa parte defensiva, que fiquei muito triste hoje”.

O treinador criticou a forma como o time se comportou diante das investidas dos catarinenses. Na avaliação de Jr. Rocha, o CRB não poderia ficar vulnerável.

“Podemos ter um padrão ofensivo um pouco melhor do que os outros jogos, pelo menos no início do jogo, e um padrão defensivo pior. Estamos tendo tempo para nos ajustar não na forma que é para ser, mas na base de vídeos, conversas, treinamento de campo. Mesmo sem intensidade, não podemos ficar vulneráveis da forma que ficamos hoje. Não podemos sair e querer ganhar de qualquer jeito. Não dá, cara. Futebol com essas equipes… Vamos enfrentar uma das melhores 40 equipes do Brasil. Ficar vulnerável da forma que ficou… Ficou muito ruim. Não está tudo errado. Temos que achar a solução no dia a dia”.

O Galo tem uma folga na Série B e se concentra na decisão com o Ceará. O CRB enfrenta o Vozão na próxima quarta (23), às 19h, na Arena Castelão, em Fortaleza, pela fase de quartas de final da Copa do Nordeste.

Veja outros trechos da entrevista.

Falhas

“Como foram muitos atletas abaixo hoje, não tem como mirar eles. Não são só os quatro atrás, é um sistema defensivo que começa lá na frente. Não posso analisar o Ayrton, Flávio e o Diego, não tem como. Se estourou lá atrás é porque também… A jogada tem início, meio e fim. A gente só analisa o final da jogada, que é o gol do adversário”.

“Mas, e o início? Onde iniciou a criação? Muitas vezes são erros nosso de transição. Saindo da defesa para o ataque. A gente analisa todo o lance. Não somente os jogadores. Todos, sem exceção, foram abaixo. Faz parte, não tem o que fazer. Vai ter dia que estaremos nesse dia negro”.

“E ruim assim, seis não carregam quatro, como jogadores de linha. Cinco não carregam cinco. É difícil, fica muito pesado. Tem que ser sete para carregar três que estão abaixo, oito para carregar dois. Se tem cinco mal e cinco bem já fica muito difícil ganhar o jogo”.

Arbitragem

“Sempre tem um lance. Complicado. Mas deixo para as pessoas capacitadas analisarem. Não me cabe falar da arbitragem”.

Tempo de treino

“Só falo que temos pouco tempo para trabalhar em alta intensidade. Mas não reclamo de tempo. Não reclamo porque seria injusto com os outros 400 treinadores do Brasil. Todo mundo não tem tempo para trabalhar. O calendário está muito grande. Temos que nos superar nesses momentos ruins. Tivemos um momento ruim aqui e conseguimos superar. Abaixamos a cabeça e trabalhamos no dia a dia lá, ajustando, comprando a ideia de jogar organizado”.

“Hoje não deixamos de fazer aquilo que treinamos, só que não deu nada certo. Concordo com vocês em gênero, número e grau. Nós não fomos bem. De uma forma geral. Mas não está tudo errado”.

Idade do elenco

“Precisamos corrigir pontualmente, ter cuidado com o grupo, que é experiente, tem idade avançada, não são jovens atletas. Vamos discutir isso internamente, até porque vamos precisar revezar alguns atletas. Acho que esses dias, esse turbilhão de jogos serviu para a gente analisar bem o que temos no elenco. O pessoal do departamento médico que voltou, Leílson, Mazola… Estavam há um bom tempo no DM. Vamos usar todos, o campeonato é muito longo”.

“Não vamos ter uma mini pré-temporada. Vamos ter cinco dias, que vão ser de muito valor para nós. Ganhar um pouco mais de força. Sentimos fisicamente também. Os caras jogaram depois de nós e achei que a intensidade deles foi um pouco maior que a nossa. Não é só a parte física, pelo contrário, estamos num ganho geral”.

Correções

“Temos um padrão de jogo ofensivo e defensivo, mas com muitas falhas. Talvez com muitas dúvidas ainda. Vamos ter esses dias, vamos aproveitar para ajustar”.

“Vamos ajustar lá atrás, vamos ajustar o meio, vamos ajustar o ataque para que consigamos fazer um jogo equilibrado que nem os outros. Contra o Ceará estávamos ganhando por 2 a 0 até os 44′ do primeiro tempo. Em três minutos tomamos os gols. Bate aquele cansaço um pouco, o nível de concentração cai e não dá tempo, os caras têm qualidade”.

Diego e reforço

“Thalysson é interessante, sim. Mas a questão de contratação é com o Alarcon [Pacheco, diretor de futebol]. Temos sim só o Diego na lateral esquerda. Foi divulgado já pela direção, estamos atrás de um outro para ter uma competitiva interna boa. Mercado está aberto. Nossa carência é a lateral-esquerda”.

“Não temos hoje um jogador para competir com o Diego ali. Não significa que ele está abaixo. Ele evoluiu muito, vocês sabem disso. Mas o mercado está aberto para a lateral-esquerda. O restante, internamente, temos jogadores muito capazes de cumprir as funções que queremos”.


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