Depois do anúncio de paralisação nacional de 24 horas dos policiais civis, o governador Renan Filho (PMDB) disse, em entrevista à imprensa concedida durante a assinatura da ordem de serviço da Maternidade de Risco Habitual, no Poço, na manhã desta quarta-feira (21), que o governo mantém uma mesa de diálogo permanente com a classe e que não vê justificativas para tal atitude.
Os policiais paralisam as atividades em resposta a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) número 241/2016, e o Projeto de Lei Complementar (PLC) de número 54/2016. Os dois impõem uma série de limites com o gasto público federal o que retira R$ 3,2 trilhões de recursos e que, na visão dos manifestantes, respalda diretamente no congelamento permanente de salários e de investimentos futuros em serviços públicos, principalmente a realização de novos concursos. A classe ameaça ainda realizar uma greve geral durante as eleições municipais.
“O governo não apresentou nenhuma proposta, paralisação de advertência a gente tem que agir da seguinte maneira: mantendo diálogo com mesa permanente de negociação. Primeiro, hoje há 11 estados com salários atrasados inclusive do nosso lado, em Sergipe e Pernambuco. Aqui em Alagoas todas as categorias, mas todas mesmo, estão com o salário em dia. A Polícia Civil nós estamos pagando retroativos deles, estamos conversando, o problema é que relacionar salário de uma categoria com outra não é a forma correta”, analisa Renan Filho.
Ainda segundo Renan Filho, o pior seria não pagar o salário. “Inicialmente a Polícia Civil queria ganhar 60% do salário do delegado, o que aqui em Alagoas é um salário alto, de R$ 15 mil, quase R$ 8 mil para eles, depois disso quiseram relacionar o salário deles com policiais militares, que é outra categoria completamente diferente e que trabalha com escalas e regimes diferentes. Mas, vamos manter a cabeça erguida porque o pior é não pagar o salário”, conclui Renan Filho.
