Endividamento atinge quase 70% das famílias de Maceió em junho, aponta Fecomércio

Taxa se manteve estável em relação ao mês anterior, mas alta no semestre foi de 7%. Consumidores inadimplentes são 21%.

Números da pesquisa da Fecomércio/AL representam a realidade dos consumidores de Maceió — Foto: Ana Clara Pontes/g1

Números da pesquisa da Fecomércio/AL representam a realidade dos consumidores de Maceió — Foto: Ana Clara Pontes/g1

Em Maceió, 69,6% das famílias estavam endividadas no mês de junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (18). Quanto à inadimplência, 21% das famílias estavam com contas atrasadas.

O levantamento, realizado pelo Instituto Fecomércio/AL em parceria a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o orçamento doméstico tem sido impactado por constantes aumentos dos preços de produtos e serviços essenciais.

Em números absolutos, 682 pessoas entraram para o grupo de endividados entre maio e junho. Em relação aos inadimplentes, o aumento foi de pouco mais de 500 pessoas.

Os conceitos de endividamento e de inadimplência são diferentes. Endividados são aqueles que se comprometeram com parcelas e pagamentos que ainda irão vencer, como compras parceladas no cartão de crédito. Quando esses pagamentos passam da data de vencimento, ou seja, atrasam, o endividado se torna inadimplente.

Do total de famílias endividadas em Maceió, 86,8% delas comprometem entre 11% e 50% do salário com dívidas, quando o ideal é não ultrapassar o limite de 30%. Além disso, 61,1% das famílias que possuem dívidas comprometem entre três e seis meses com compras parceladas ou financiamentos.

O estudo aponta que o endividamento das famílias maceioenses manteve-se estável no mês de junho, com variação de apenas 1% em relação ao mês anterior. De acordo com a Fecomércio, essa estabilidade, em meio a um período de altas nos preços, de festejos e de datas comemorativas, pode ser justificada pelo cenário no mercado de trabalho.

“Analisando-se o cenário nacional e local, pode-se deduzir que o ânimo do mercado de trabalho, com cada vez menos restrições devido à pandemia e as medidas pontuais de suporte à renda, a exemplo do saque extraordinário do FGTS e o aumento no valor do auxílio Brasil, contribuíram significativamente na contenção da taxa de endividamento”, avalia Victor Hortencio, assessor econômico da Fecomércio/AL.

Quando observada a variação do semestre, houve uma alta de 7% no segundo trimestre do ano (69%) em relação ao primeiro trimestre de 2022 (64,5%). Mesmo assim, os índices da capital alagoana estão abaixo da média nacional, que é de 77,3% de endividados e 28% de inadimplentes.

“Apesar do crescimento de endividados visto no primeiro semestre, Maceió ainda continua num patamar de pessoas endividadas mais baixo do que a média nacional”, avalia Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL).


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